terça-feira, 12 de maio de 2015

Vocação

Num mundo perfeito as pessoas deviam trabalhar na área para a qual são vocacionadas. E se isto devia ser assim no geral das profissões, seria ainda mais importante que fosse assim na área da saúde.
Eu já tive alguns episódios, como por exemplo me terem dito, assim, de "chofre" que tinha tuberculose (e depois afinal era só uma radiografia mal tirada), ou que o meu filho era autista (e depois afinal era "só" uma perturbação especifica da linguagem). Obviamente que as noticias más, quando existem, têm de ser dadas. Obviamente que existem erros de diagnóstico. Mas o que não tolero é a falta de sensibilidade. Mesmo tendo em conta que os profissionais de saúde são humanos e têm dias bons e dias maus. Mas nos dias maus, o paciente não pode pagar por isso.
Há uns tempos a minha mãe descobriu que poderá ter diabetes. Ok, não é nada de outro mundo. Há milhões de pessoas que vivem anos e anos com diabetes. Mas a primeira coisa que lhe disseram foi "também não precisa de fazer um drama, se fosse um tumor era pior". E pimenta no cú dos outros para mim é refresco! Quase parece aquela anedota do "olha, os teus pais morreram...era a brincar, afinal só morreu a tua mãe".
Acho uma falta de sensibilidade...e esta sensibilidade não se aprende. Não se ganha com estudos e notas altas. Nasce-se com ela. E a muitos profissionais de saúde o que lhes sobra em notas altas e "inteligência" falta-lhe em vocação.

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